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BRASÍLIA - O ministro do Esporte, Orlando Silva, entrega a carta de renúncia ao cargo ainda nesta quarta-feira, 26. Segundo fontes, o governo concluiu que não pode mantê-lo nestas condições em um cargo importante neste momento. A pasta é a responsável pela organização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O Palácio do Planalto avalia a possibilidade de colocar um interino no cargo até a reforma ministerial, prevista para ocorrer no início de 2012, mas o PC do B não quer que isso aconteça e pretende indicar logo um substituto.
Orlando Silva ficou reunido por quase duas horas com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta. 'Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Orlando é um ministro que está saindo desde ontem', resumiu ao Estado um assessor da Presidência. A ministra Carmem Lúcia do STF, atendendo o pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mandou nesta terça-feira, 25, abrir inquérito para investigar Orlando Silva.
Participaram também da reunião desta manhã o presidente do PC do B (partido do ministro), Renato Rabelo, e os líderes do partido na Câmara, Osmar Júnior (PI) e no Senado, Inácio Arruda (CE).
Desde a tarde desta terça, Carvalho discute com o PC do B o destino de Orlando Silva. O próprio Carvalho admitiu que a presidente Dilma Rousseff acompanha atentamente as denúncias contra Orlando, e manifestou preocupação com a avalanche de acusações. 'O quadro é de observância justa e preocupada', disse Carvalho. Entre os nomes considerados para assumir a pasta estariam o da ex-prefeita de Olinda (PE), a deputada Luciana Santos, e o deputado Aldo Rebelo.
Dilma demite. A decisão da direção do PC do B era de que Orlando fosse demitido pela presidente, para deixar claro que ele não se demitiu e não assume responsabilidade por participação no esquema de desvio de verba pública envolvendo os programas do Ministério do Esporte, principalmente o Segundo Tempo e Pintando a Cidadania.
Com a saída de Orlando Silva, serão seis os ministros que deixaram o governo Dilma. Nos dez primeiros meses do primeiro ano do mandato da presidente Dilma, cinco ministros entregaram o cargo, quatro deles envolvidos em denúncias de corrupção.
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