quarta-feira, 9 de maio de 2012

MORTE DA JUÍZA PATRÍCIA ACIOLY: Acusados de envolvimento no crime, têm recurso negado.


Decisão sobre júri é mantida por unanimidade e os 11 suspeitos de assassinar magistrada em Niterói vão a júri popular. Homicídio teria sido articulado por um tenente-coronel da PM

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, por unanimidade, manteve na terça-feira a decisão de levar os 11 acusados de envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioly, a júri popular.

Com base no voto do desembargador Valmir de Oliveira Silva, o colegiado negou provimento ao recurso dos réus contra sentença de pronúncia proferida em dezembro pelo juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói.
O julgamento, porém, só acontecerá após o trânsito em julgado da decisão – quando não couberem mais recursos.
Memória- A juíza Patrícia Acioly foi assassinada com 21 tiros, em 11 de agosto do ano passado, quando chegava à sua casa, no bairro de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. O crime, segundo a denúncia do Ministério Público, teria sido articulado pelo tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e pelo tenente Daniel Santos Benitez Lopez. O crime teria sido praticado em represália às investigações feitas pela juíza contra os PMs.
Os dois oficiais foram transferidos em dezembro para o presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Os 11 réus respondem por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade do arsenal de crimes) e por formação de quadrilha armada como delito conexo, exceto o acusado Handerson Lents Henriques da Silva. Segundo as investigações, ele não pertencia à quadrilha, somente teria conduzido, um mês antes do fato, dois PMs à casa da juíza com objetivo de identificar e apontar o local.
Na sentença de pronúncia, o juiz Peterson Barroso destacou que existem fortes indícios da autoria atribuída aos acusados.

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