sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PM admite que confirmou a policiais endereço da juíza Patrícia Acioli

Defensor público diz que informação foi "obra do acaso"; acusado nega participação na morte da magristrada.

 

O soldado da Polícia Militar Handerson Lents Henriques da Silva, de 27 anos, negou em depoimento à Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que tenha participado do assassinato da juiza Patrícia Acioli, em agosto. Lotado no 12º BPM (Niterói), ele admitiu ter "confirmado" a policiais acusados de envolvimento no crime o endereço da magistrada. Mas argumentou que atendera a uma pedido que considerou "normal". "foi obra do acaso", disse o defensor público Leonardo Rosa Melo da Cunha.


"Ele participou da diligência que registrou uma briga entre a juíza Patrícia e o namorado dela, o cabo Poubel (Marcelo Poubel Araújo), em fevereiro. Cerca de um mês depois, o Lents foi procurado por policiais do 7º BPM (São Gonçalo) que conheciam a região onde a Patrícia morava e queriam confirmar o endereço. Ele confirmou. Obra do acaso", afirmou.
"Ele conhecia um dos policiais e perguntou por que ele buscava aquela informação. O PM respondeu era para dar andamento a um processo administrativo interno aberto contra Poubel por causa da agressão à juíza. O Lents achou isso normal".
Segundo o defensor, a história tinha embasamento. "O cabo Poubel estava lotado no 7º BPM e qualquer investigação de conduta tem início no batalhão de origem do acusado. É preciso a presença de um oficial, e, no caso, o tenente Daniel dos Santos Benitez acompanhava os PMs", disse o defensor. "O soldado Lents se declara inocente", informou Cunha.
O defensor contou ainda que Lents procurou a Defensoria Pública na tarde desta quinta-feira (29), antes de sua prisão temporária ser decretada pela Justiça. "Ele queria prestar depoimento, já que soube que estava sendo cidado. Quando saiu a ordem de prisão ele manteve a intenção de se apresentar, tanto que se apresentou", disse. "E chegando na DH ele entregou sua arma pessoal, um revóver calibre 38, que está devidamente registrado".
Leonardo Cunha acrescentou que Handerson Lents é estudante do 6º período de Direito em uma universidade particular em Niterói, onde mora com o pai. Disse ainda que o soldado já foi lotado no 7º BPM e admitiu que ele responde a um processo criminal na PM, embora tenha declarado desconhecer o motivo. "Ele, no entanto, não tem nenhum registro de auto de resistência (morte em confronto com a polícia)", argumentou Cunha.
O soldado prestou depoimento por cerca de duas horas na Divisão de Homicídio, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e permaneceu na unidade. Ele deve ser levado para a unidade prisional da PM.

Fonte:
http://ultimosegundo.ig.com.br

 

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