Em 2011 o Bloco das 'Piranhas' de São Gonçalo levou milhares de pessoas às ruas.
Trio elétrico animou ainda mais a grande festa da população gonçalense. Homens vestidos de mulheres, como sempre, foram um show à parte e garantiram a diversão do público
Milhares de foliões foram para as ruas de São Gonçalo, no sábado à tarde, para acompanhar um dos mais tradicionais blocos da cidade, o “Bloco das Piranhas”. Homens, mulheres e crianças seguiram o trio elétrico ao som de músicas típicas. Entre os participantes estavam homens vestidos de mulheres, que é a proposta original do grupo, mas também havia mulheres vestidas de homens, diversos tipos de fantasias e, até mesmo, quem curtiu a festa sem máscaras.Bloco das 'Piranhas' de São Gonçalo divertiu milhares de pessoas no primeiro dia de Carnaval. Foto: Alcyr Ramos
A concentração do público começou às 15 horas, em frente ao Clube Mauá, no Centro. Mais de duas mil pessoas foram arrastadas pelo trio pela Avenida Presidente Kennedy até chegar à sede da prefeitura. Na volta os festeiros tomaram a Avenida Feliciano Sodré. Quatro viaturas e cerca de 20 policiais do 7º BPM (São Gonçalo) garantiram que a festa ocorresse tranquilamente.
O motoboy Jorge da Silva Barcellos, de 29 anos, estava fantasiado de “VovoZona” (personagem de um filme) e após o pular atrás do bloco foi viajar com a esposa. Ele acompanha o trio há dez anos. “Este bloco é show. Todos os anos trabalho até a sexta-feira de Carnaval, mas só viajo após participar desta festa. Vou para Iguaba curtir o resto do Carnaval e vou usar esta mesma fantasia”, detalhou.
Moradores de diferentes bairros prestigiaram o bloco
Moradores de Itaúna, os jogadores de futebol Diego dos Santos, de 20 anos, e Marlon Rodrigues, de 18, dançavam bastante ao som do funk que saia de um carro estacionado em frente ao clube. É o primeiro ano que Marlon participa do bloco. Já Diego festeja o Carnaval no “Bloco das Piranhas” há cinco anos. “A parte que mais gosto do bloco é quando saímos pelas ruas porque é muita zoação, explicou Diego.
“Vim conhecer o bloco, pois ouvi falar muito bem dele. Estou me divertindo muito”, contou Marlon.
“Vim conhecer o bloco, pois ouvi falar muito bem dele. Estou me divertindo muito”, contou Marlon.
Pai de dois filhos, o autônomo Everton Gomes do Brasil, de 20 anos, tinha acabado de conhecer Diego e Marlon e já brincava junto com eles, dançando e mexendo com as pessoas que passavam. Ele participou do bloco pela primeira vez com o pai, que faleceu no ano passado. “Quero continuar me divertindo do jeito que meu pai me ensinou. Se dependesse de mim, o Bloco das Piranhas saia todo mês”, declarou.
O motorista de ônibus Wagner Galheiros, de 30 anos, considera o bloco e melhor da cidade. Mesmo tendo que trabalhar hoje ele não deixou de se divertir e pular o Carnaval. “Vir para o bloco é uma forma de extravasar. Neste dia, deixo a mulher e os filhos em casa para curtir, dançar e zoar. O bloco devia ser considerado patrimônio histórico da cidade”, sugeriu.
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