sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Reservas da China sofrem queda com fuga de capitais

A queda nas reservas mostra que o superávit comercial declinante e saída de fundos especulativos impactaram os fluxos de capital na China

China bandeira mapa
Mesmo com a queda, o estoque de reserva cambial de Pequim ainda é de longe o maior do mundo (Getty Images)
As reservas oficiais da China caíram para 3,18 trilhões de dólares no último trimestre de 2011, mostrando uma queda de 20,6 bilhões, ou 0,6%, nos últimos três meses do ano, segundo dados do banco central do país, publicados nesta sexta-feira. O declínio é uma mostra do impacto de um superávit comercial declinante e saída de fundos especulativos sobre os fluxos de capital da China.
Em novembro e dezembro as reservas caíram e tiveram a primeira queda mensal consecutiva desde o primeiro trimestre de 2009. A queda é sinal que a escalada de acumulação de moeda estrangeira liderada pelas exportações começa a ser incerta e traz a discussão de que novas medidas de política monetária podem ser necessárias para conter as saídas de capital.
"O declínio nas reservas cambiais no quarto trimestre é consistente com a forte reversão nos fluxos de capital dos mercados emergentes em geral e da região em particular", disse o economista do Commonwealth Bank of Australia em Cingapura, Andy Ji.
Embora a queda trimestral não sinalize fuga em massa de capital da China, analistas destacam o fato como argumento para Pequim reduzir mais o montante de dinheiro que os bancos mantêm como reservas para assegurar suficiente liquidez de mercado. Além disso, mesmo com a queda, o estoque de reserva cambial de Pequim ainda é de longe o maior do mundo.
"O banco central provavelmente vai realizar mais cortes na taxa de depósito compulsório e injeção de liquidez agressiva através de operações de mercado aberto se a tendência se deteriorar mais", afirmou Andy Ji.
Compulsório - A China cortou a taxa do compulsório em 50 pontos-base, de uma alta recorde de 21,5% no fim de novembro, no primeiro corte em três anos. A ação foi uma tentativa de proteger sua economia da queda na demanda de exportações por parte da endividada Europa e dos letárgicos consumidores dos EUA.
(Com agência Reuters)

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