quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

QUE MULHER É ESSA! Eliana Calmon admite uso da imprensa para despertar interesse da sociedade

INTELIGÊNCIA PURA.
COMO EU ADMIRO ESTA CORREGEDORA, ESTA MINISTRA, ESTA MULHER.

Eliana Calmon admite uso da imprensa para despertar interesse da sociedade

Em entrevista para o jornal A Tarde, a corregedora Eliana Calmon afirmou que sabia que as declarações polêmicas que fez em relação o Judiciário causariam “um grande alvoroço” na sociedade, principalmente quando declarou que havia "alguns bandidos de toga" no Judiciário. A declaração para o jornal foi dada quando estava em Salvador para acompanhar a reforma de um novo apartamento que adquiriu para dar mais conforto a família, que crescerá com a chegada de mais um neto. Para Eliana, a vitória do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi especial por considerar fundamental a existência do conselho para dar “mais segurança e credibilidade à Justiça que vive uma crise de gestão”.

A ministra revelou que buscou apoio da imprensa concedendo entrevistas com frases impactantes, e asumiu que em certos momentos exagerou no tom para que despertasse o interesse da sociedade e da imprensa sobre o que estava acontecendo no Judiciário brasileiro. O que surtiu efeito, de acordo com ela. Ela salientou que havia buscado apoio antes na academia, através de palestras que fazia em universidades, e viu que não estava sozinha. Mas ela considerou o sistema acadêmico é lento, e o apoio demorou a vir. A estratégia adotada, então, surtiu efeito.
Outro ponto fundamental para Calmon nessa luta para dar maior transparência à Justiça foi o uso das redes sociais. Ela afirma ter recebido uma grande quantidade de e-mails e que ainda não deu conta de ler todos. Afirmou também que recebeu cartas escritas de próprio punho de pessoas que não tinham muita habilidade com a ortografia e que não tinham acesso à internet. Uma das cartas que mais a emocionou dizia: “Eu estava cansado de não ver ninguém defender o País. Obrigado por a senhora aparecer”.
Dos conterrâneos baianos, um dos apoios que recebeu que mais a comoveu partiu da Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus e Similares, que chegou a ser mostrada para o ministro Ayres de Brito, e que a partir da carta, começou a sentir mais orgulho de ser baiana e de ser brasileira. “Me senti mais forte e, pensei que nem tudo estava perdido”. Questionada de como seria a atuação daqui para frente, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra afirmou: “Desataram parte das minhas mãos. Vou continuar fazendo as correções, fazendo as inspeções nos tribunais e vou continuar vigilante e atuante. Ainda mais agora que sei que não estou sozinha na luta para fortalecer o Judiciário”, concluiu.
Fonte: Bahia Notícias.

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